sinto que na "comuna" viajo. na forma
repetitiva como mensalmente a enfrento
está lá o abismo do amanhã, a mesma
vertigem que enfrento no desconhecido.
ainda assim não hesito e vou, da mesmissima
forma que largo tudo para me fazer à
estrada. para me encontrar. para saborear
a doce solidão que jaz em todos os desertos
que já enfrentei. mesmo sabendo que o
desígnio final habita entre uma noite
conseguida e a desilusão não absoluta.
e encarar aquelas horas desta forma só
me podia levar a "lugares" e pessoas que
jamais me permitiria alcançar. e devolve-
-me a sensação de que, afinal, o meu ponto de
chegada depende de todas as emoções que
segui durante o caminho.
esta foi das coisas mais belas que
aprendi e que espero deixar testemunho.