Wednesday, December 29, 2004

hoje voltei a ti jack,
e às tuas histórias do fim
do mundo. fico sempre pronto
a partir e, na verdade, é
isso que sucede ainda não
dobrei a primeira página.

não é o teu caminho que sigo,
mas tenho que, algures no
tempo, as nossas histórias
se encontram de uma forma
tão sublime quanto a própria
existência.

asseguro-te jack, nem que seja
a ultima coisa que faça, hei-de
viver os meus dias na feliz e
sábia "vagabundagem" à procura
de um qualquer vagão vazio ou
praia deserta da qual escutarei
os céus. Ai, hei-de encontrar a
paz...

Tuesday, December 28, 2004

há dias que o homem das pestanas
fortes sonha triste. a resposta,
ou as respostas, não são mais do que
retornos feito de insucesso, este
hábito enorme feito do pensar...

num momento singular, dias quer
dizer, onde tudo fica mais confuso
do simples que a vida é. perante o
medo, a vertigem da queda(?), foi
na traição que se socorreu. mas
nunca é uma história acabada, o
percurso é feito de caminhos comuns
e há-de haver a vez, esse minuto
especial, onde o homem das pestanas
fortes se encontra.

algures por ai, uma nova questão
se há-de levantar...


queria o engano, esconder o meu
e o teu olhar. no desfalecer da noite,
onde a procura se faz de um outro
rigor...

porem o brilho, o respirar que
comanda a incerteza e que surge
devagar sem pretensão, recupera
e resiste perante tanto e tudo o que
surge no imediato. o que se projecta,
a miragem que turva na densa
neblina de tons mortiços, é
de um fulgor arrasador. trespassa,
sem margem para ficar.

e perante tudo, resta isto, o eu e o tu,
a noite de sempre, os olhos em fuga
e o desejo do sentir. um imenso não
querer que nada fique e que tudo seja
de uma outra vez.

Mas isto, sou eu e tu...

-

a solidão é a palavra que me acompanha...


perdi-a. só hoje aqui fica o que ouvi num
bonito espectáculo de dança no ccb, quase,
quase, em tempo de natal. não me recordo
do título...

Thursday, December 23, 2004

prestar muita atenção a estes
grandes senhores,

american music club - love songs for patriots
kings of convenience - riot on an empty street



Sunday, December 12, 2004

"Não há uma forma de amar mais
válida. Por isso, se chama amor".

a ideia encantou o homem das pestanas
fortes que se deteve, e sorriu. a
validade como um conceito universal,
uma não imposição. e por detrás de uma
estranheza, essa mesma que se infiltra e
te faz respirar, vivia uma genuina ambição,
a de apenas poder...

... poder assim partir, avído, como sempre
o faz. e num qualquer canto sujo, onde
ventos se escondem do embaraço,
encontrar o sublime e pedir resguardo.
num simples gesto, por ali identificar a
verdade que alcança e abraça...

na partida há sempre verdade.

-





nunca me esqueço do momento
em que os ouvi. já tinha partido,
ou, talvez por esses tempos, a
minha partida fosse diária.
são os mogwai.

Sunday, December 05, 2004

Descobri que a minha vida está cheia
de silêncios feitos de música. Peque-
nas paragens que não consigo decifrar
no tempo, e que estou certo, não con-
seguirei reconstruir. Apenas sei que
fico mais forte, mais cheio. Sempre
que o desejar, é ai, nesse conjunto de
utopias que encontro o alimento para
continuar. Continuar, a fazer. A investi-
gar. Eis duas palavras de que gosto...

E tu, tambéns tens a tua vida
cheia desta música?

-

"A fotografia poderia (deveria) ser essa
ténue luz que modestamente nos ajudaria
a mudar as coisas.", de W. Eugene Smith.

"Não pense. Fotografe.", frase que
publicita uma marca de máquinas digitais.

Escolhi duas frases. Ambas em momentos
impostos, é sempre assim, não é? Delas fiz
uma relação possível. Será que até o OLHAR
nos querem levar?

-

Já agora, esta senhora merece que seja
descoberta. Já vem de longe, mas só agora
chegou ao meu mundo. Está aqui, em
www.francoise-hardy.com.

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