Wednesday, September 29, 2004

...apanhei-as na "Gota de Ouro",
de Michel Tournier, numa viagem
entre o deserto e o fundo da
inocência perdida...

"A imagem é o Ópio do Ocidente.
E tu, acreditas que (um)a fotografia
pode trazer desgraça?"

-

Sem sequer imaginar, também por lá
encontrei esta possível resposta:

"Se o que tens a dizer não é mais belo
do que o silêncio, então cala-te!"

Tuesday, September 28, 2004

... de madrid, entre a luz de
Carravaggio, o fim de Rothko
e a perdição suspensa no Museo
Chicote, trouxe comigo esta
recordação:

Photographs don´t lie,
just photographers...


Sunday, September 12, 2004

E há uma bela tarde, de sol puro
e cristalino de Amesterdão,que quase
falto ao encontro marcado com a
friendinina na grande e imaculada Central
Station, centro do mundo naquela tarde infinita
e majestosa, onde dois tipos tocam á minha
chegada um sax e uma concertina e nesse
preciso momento deixo de estar ali
e entro num qualquer filme do Kusturica,
pego na minha bina comprada aos junkies
e atravesso a cidade a fotografar, directo ao
red light sempre em grande velocidade.
Ao passar, as miudas dizem adeus e fujo para
um bar de xadrez, que encontrei numa qualquer noite
de perdição onde velhos barbudos trocam olhares
incessantes de loucura. A noite, acaba
num qualquer bar de jazz improvisado entre devaneios
sonicos improvaveis de acontecer...

Monday, September 06, 2004

Um destes dias,
hei-de ser como ele...


I have always been on the edge of
nothing, living in non-time. Each
little hapiness becomes part of the
past and each dream of the future
already seems to be a memory. Only
the sea and the voice of Leonard Cohen
are part of the present. The rest is
just projection, and i have learned to
be wary of that.

Photography has made it possible
for me to travel and to see the
difference between the possible
and the impossible. I can keep
things without owning them, remember
without fear of forgetting, survive
instead of merely living. Above all i
can know that everything has a story,
every story has 2 versions, and each
has it own past.

I travel in Asia, Europe and the Arab
world. In the banality of the everyday,
i see traces of things that will bind
me to them forever. I walked on the
trash in Cairo and i witness the
sublime, i look at the walls of
Auschwitz and i feel the presence of
something sacred, i stop in front
of a Vienna shop window and i glimpse
futility. I take everythig from
nothing. I sometimes think of all this,
burried in my memory. Alone in my
hotel room, at night, i think about my
fears, my mistakes, my parents faces,
my friends, the women i loved, my
children, death, the alcoholism i have
put behind me, my money problems.

When we ssek the absolute, there is
no peace. I always ended up thinking
about the simplicity of a day filled
of nothing. And that is enough for me.
I have always been on the edge of
nothing, and Cohen is still singing.

Nada,
Paulo Nozolino, Porto, 22/11/01



Saturday, September 04, 2004

Triste é no Outono descobrir
que era o Verão a unica
estação.

É do Ruy Belo.
Encontrei-a no DNA passado,
na excelente entrevista ao
Jorge Silva Melo.

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