Monday, February 28, 2005



já o queria ter visto no doclisboa mas
foi, neste sabado ultimo, que encontrei
finalmente este filme/documentário maior.

para além da história, homenagem à sua
mãe, o cheiro a América selvagem e tudo
o resto que preenche e que nos envolve
de uma forma tão sublime quanto dramática,...

tarnation vai de encontro a maior
das "verdades" que todos nós enfrentamos desde o
nosso primeiro minuto de vida: a perda e
a consciência de que tudo tem um fim.

é por isso que tarnation, mesmo sendo
um filme sobre a vida do autor, é um
documento no qual cabemos cada um de nós,
mesmo que por breves instantes.

porque todos já perdemos alguém próximo
e sabemos quanto custa o profundo
arrependimento de querer viver tudo uma
outra vez e de uma outra forma. com os
nossos pais, com os nossos avós ou com
os nossos amigos.

tarnation é por isso, um maravilhoso
documento que celebra a vida sem o mostrar,
e do qual nos deviamos abeirar sem medo
e com a genuina emoção de quem sabe que
o importante se encontra dentro de nós...

é o filme que um dia, todos deviamos
fazer para, quem sabe, encontrar a
verdadeira razão da nossa existência.

-

a banda sonora original, tão própria
para este domingo que passou, é meio
caminho para lá chegar e deve ser
ouvida aqui:
www.tindrum.com/tarnation/index.html

Thursday, February 24, 2005

felizmente, os pequenos
tormentos servem de alivio
e aconchego. porque é ao fundo,
que todos esperamos alcançar.

Tuesday, February 22, 2005



neste objecto,
cabem todos os filmes
das nossas vidas, minutos feitos
de ondas sonoras leves e belas,
pequenos reparos que ajustam a
vida a tempos certos. certos.

há claro, paisagens. as mesmas
paisagens, minhas. são imagens que
assaltam do estrondo, num mar de
frondosos abetos que escorregam
monte abaixo, ou no silêncio feito
de uma solidão apenas aparente.
uma estrada sem fim no mais inóspito
dos desertos e um céu de infindáveis
estrelas, brilhantes e luminosas.
é sempre assim...

e mesmo que nos recorde alguem,
mesmo assim, vale bem o esforço
conhecer os the dead texan e
pedir que regressem sempre.

Tuesday, February 08, 2005

disfarço a evidência do sorriso
e evito o piscar curto e feliz,
enquanto arrumo o tempo
na gaveta do mundo, meu.

respiro o teu sono imaginário...

Saturday, February 05, 2005



foi precisamente aqui que
pela primeira vez se avistaram
as nuvens...

volto até lá, para as encontrar
de novo, cheias e brilhantes.

Wednesday, February 02, 2005

...não há nada por fazer,
porque não escutas e sorris,
pois só por ser já enche a alma.

resguardo essa sensação,
ideia minha por agora e,
aproveito. paro de fingir que
tu existes e soletro devagar,
bem devagar, os sons da rua.

sou incapaz de compor os
mais breves e insisto, quando
o teu cheiro derrapa das minhas
mãos rosadas e cheias.

fica sempre tudo, mas que
bom que o amanhã existe
cheio, feito poema, pronto
ante o amanhecer.



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