Wednesday, June 27, 2007

Ser turista é fugir da responsabilidade. Os erros e os
defeitos não se colam em nós como em casa. Somos
capazes de vaguear por continentes e línguas, suspen-
dendo a actividade do pensamento lógico. O turismo é
a marcha da imbecilidade. Contam que sejamos imbecis.
Todo o mecanismo do país hospedeiro está adaptado
aos viajantes que se comportam de um modo imbecil.
Andamos às voltas, aturdidos, olhando de esguelha
para mapas desdobrados. Não sabemos falar com as
pessoas, ir a lado nenhum, quanto vale o dinheiro, que
horas são, o que comer ou como o comer. Ser-se imbe-
cil é o padrão, o nível e a norma. Podemos continuar a
viver nestas condições durante semanas e meses, sem
censuras nem consequências terríveis. Tal como a ou-
tros milhares, são-nos concedidas imunidades e amplas
liberdades. Somos um exército de loucos, usando rou-
pas de poliester de cores vivas, montando camelos, ti-
rando fotografias uns aos outros, fatigados, desintéricos,
sedentos. Não temos mais nada em que pensar senão no
próximo acontecimento informe.

Don DeLillo, in 'Os Nomes'

Tuesday, June 26, 2007

a narrative that perfectly encapsulate the SEARCH,
the ACT OF DISCOVERY, and the DREAM that has
existed at the core of surfing culture: In this crowded
world, the surfer can still seek and find the perfect
day, the perfect wave, and be alone with the surf and
his thoughts"

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